c) Amostra do Curso (Um trecho belíssimo!)
8:10. Eu era um muro, e os meus seios como as suas torres; então eu era aos seus olhos como aquela que acha [ou ‘traz’?] paz.” Lembra-se da conversa dos irmãos de nossa heroína? O tempo passou, ela virou mocinha e viveu de tal modo que pôde responder e se definir: “Eu era um muro” – uma fortaleza intransponível, resistente aos assédios precoces de seu próprio amado.
Ela diz que os seus seios eram como torres. Isso não se refere a tamanho. Cidades fortificadas têm torres ou guaritas de vigia. Por analogia, essa moça era moralmente uma muralha com “torres de vigia”. E por que ou em que sentido ela se referiu aos seios desse modo? É simples.
Tocar nos seios da moça é uma das primeiras vontades – se não a primeira – vontade dos rapazes. Por isso a nossa personagem considera os seus seios como torres de vigia, que percebe a aproximação do “inimigo” e aciona o alarme geral, protegendo toda a cidade, que é o corpo dela. Se o inimigo alcançar a torre e render a sentinela, a cidade é tomada.
A primeira carícia nos seios (que muito provavelmente introduzirá uma série) pode acontecer durante um beijo intenso e envolvente, quando a moça, “absorvida” no beijo, não reage à incursão da mão do rapaz… e pronto! O “inimigo” conseguiu a primeira vitória para a conquista da cidade inteira: invadiu a própria torre de vigia, porque a consciência dormiu em serviço.
Comparar os seios a torres de vigia quer dizer, portanto, montar guarda no lugar por onde o “inimigo” pode querer iniciar a conquista da “cidade”. A vigilância constante e insubornável da consciência deverá tocar a trombeta de alarme e a reação deverá ser imediata ao pretenso invasor das áreas de acesso proibido (que ainda não lhe pertencem). Woods reconstruiu deste modo a bela declaração da moça:
Eu tenho sido um muro;
E meu peito intocado
É o bastião disso.[2]
Assim descreveu-a Keel (que adota a tradução no tempo presente): “Ela é um muro. Ela não é facilmente abordada. Ela não é mais de peito plano. Ela leva seus seios orgulhosamente; como uma forte cidade, suas torres.”[3]
Não me importo se as pessoas zombam da minha decisão.
(Lincoln Borges, da canção “Eu Escolhi Esperar”)
Aos olhos de seu amado e/ou de seus irmãos, ela era uma moça que mantém suas vontades íntimas sob controle, ao invés de externá-los em atitudes desvairadas. É uma donzela cujo comportamento transmite serenidade. Ela não permite que o fogo da paixão juvenil lhe queime as virtudes. Como uma cidade que goza a paz na proteção de seus muros e torres, a moça vive em paz, guardando-se na fortaleza de seu recato. É de grande relevância que ela afirme que os seus seios são as torres de vigia do muro de proteção. É como se ela cantasse todos os dias:
Preciso entender que há um tempo para se cumprir
E todas essas coisas hoje entrego para Ti.
(Lincoln Borges, da canção “Eu Escolhi Esperar”)
Perguntas que uma moça deve responder (e, por que não, um rapaz?): você é resistente como um muro às investidas da sensualidade? Você é, aos olhos de seu namorado, de seus pais, de seus irmãos em Cristo, de seus colegas de escola, uma moça serena, cuja sensualidade é absolutamente controlada? Se você pode responder positivamente, você é candidata a que lhe ponham na cabeça “uma torrezinha de prata” – possivelmente um exemplo ou símbolo das coisas que adornam a noiva no dia da celebração pública do casamento, significando que ela se guardou até então. Isso é coisa bela e santa!
[1] A tradução “eu tenho sido” parece ser preferível a “eu era” e “eu sou”.
[2] Op. cit., p. 59.
[3] Op. cit., p. 279.
d) Como Fazer o Curso
Nesta plataforma, não há uma taxa para cada curso, mas uma taxa única que dá acesso a todos os cursos disponíveis, no prazo de 01 (um) ano. Você pode fazer quais cursos quiser. E mesmo assim, a taxa é simbólica: R$39,00. Para inscrever-se, faça o seguinte:
1. Vá para a página Área de Cursos;
2. Preencha o formulário “Registro de Novo Usuário”;
3. Faça o pagamento de R$39,00 por Pix para gsppix@pm.me e envie o comprovante para esse mesmo e-mail, informando o seu nome completo. Ao recebermos o recibo, liberaremos o registro de novo usuário.
e) Rica bibliografia exegética
a) Público-Alvo
Primariamente cristão – Jovens (rapazes e moças), líderes e conselheiros de jovens, pastores, casais etc.
b) Descrição do Curso
O Cântico dos Cânticos ou Cantares de Salomão (título este derivado da versão latina da Bíblia) é um livro da Bíblia estranho a muitos anciãos, amado pelos jovens, que o leem, mas não o dizem, e mal-entendido por todos.
Uma jovem me disse que foi o único livro da Bíblia que ele leu todo, mas sem entender nada ou entendendo muito sem querer. Uma senhora disse a mim: “Se eu pudesse, arrancava esse livro da Bíblia.” E um senhor me disse: “Não gosto desse livro!” Depois do estudo que conduzi em sua igreja, ele entendeu o sentido do poema e já não parecia brigar com ele.
Certa vez, em uma igreja, uma moça veio cumprimentar a mim e ao seu pastor, a quem disse que gostaria de tirar uma dúvida: “Eu estava lendo o livro de Cantares e…” O pastor a interrompeu e decretou: “Minha irmãzinha, aquilo ali não é nada do que você está pensando. Tudo ali é uma alegoria do amor entre Cristo e a igreja.”
Mas como se pode dizer que o Cântico não é o que ele obviamente é, pelo menos no primeiro plano? Que mágica seria capaz de fazer os leitores verem exclusivamente coisas espirituais nele, se vão lê-lo como ele está lá? Como se pode ler “beijos sufocantes” ou “seios” e mentalizar somente os supostos significados espirituais dessas coisas, sem pensar naquilo que realmente chamamos por esses nomes? Eis um atentado à teoria da metáfora, à pedagogia da ilustração e à inteligência. Eu, hein!
Mas qual é, afinal, a jogada do Cântico? O que ele pretende ensinar? Sensualidade a gente fria? Que a preservação da virgindade não é um dever entre o povo de Deus?
Como ler como está lá e não ficar… tipo assim… sei lá, entende?
Por que a Bíblia tem um livro como o Cântico, claramente sensual? O que Deus quer com isso? Ou Deus não tem nada a ver com isso?
Você vai se surpreender com o Cântico, guiado por Glauner Pereira, iluminado por intérpretes competentes e responsáveis desse livro canônico, como Tom Gledhill, G. Lloyd Carr e Marvin Pope.
Você vai ficar boquiaberto ao descobrir que a mensagem do Cântico é justamente o oposto do que parece.